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sexta-feira, 31 de maio de 2013
De acordo com uma pesquisa realizada pela ABRASTA em 2009, com 74 pessoas com Talassemia Intermédia e Talassemia Major, representantes de 13 estados do Brasil, a maioria destes relatou que o tratamento depende, não apenas do Hematologista (o médico especializado em doenças que afetam o sangue), mas também da avaliação e monitoração de outros profissionais, especialmente o Cardiologista (o qual foi visitado por 35,62% dos entrevistados). Isto ocorre em virtude das características da doença, as quais inclinam a pessoa com talassemia a certos problemas ou efeitos colaterais do tratamento. Verifique abaixo as principais complicações, porque ocorrem e como evitá-las:
Coração
A sobrecarga de ferro é o maior vilão para este órgão vital, mesmo quando a pessoa com talassemia segue estritamente a terapia de quelação. Isto ocorre porque a verdadeira intensidade do acúmulo do mineral no coração nem sempre é diagnosticada, e a dose do agente quelante administrada pode ser abaixo do ideal. Com os avanços no tratamento, como a modernização dos agentes quelantes – e, consequentemente, a melhor adesão à terapia –, e além disso, com a possibilidade de se realizar o exame de Ressonância Magnética com T2* – o qual revela com precisão a quantidade de ferro acumulada no Coração.-, o risco de uma pessoa com talassemia desenvolver cardiopatia tem sofrido redução. Contudo, mesmo assim uma grande atenção é requerida com este "amigo do peito".
PREVENÇÃO: Como as complicações cardíacas são ainda a maior causa de morte entre as pessoas com talassemia, o acompanhamento periódico com um cardiologista, a partir da adolescência, é essencial – especialmente se o jovem começa a apresentar sinais e sintomas que podem indicar problemas cardíacos, tais como: sensação de tremores, dispneia (dificuldade respiratória), desfalecimento, dor abdominal (particularmente localizada na região logo acima do estômago ou hipocôndrio), cansaço aos menores esforços, edema.
Coração
A sobrecarga de ferro é o maior vilão para este órgão vital, mesmo quando a pessoa com talassemia segue estritamente a terapia de quelação. Isto ocorre porque a verdadeira intensidade do acúmulo do mineral no coração nem sempre é diagnosticada, e a dose do agente quelante administrada pode ser abaixo do ideal. Com os avanços no tratamento, como a modernização dos agentes quelantes – e, consequentemente, a melhor adesão à terapia –, e além disso, com a possibilidade de se realizar o exame de Ressonância Magnética com T2* – o qual revela com precisão a quantidade de ferro acumulada no Coração.-, o risco de uma pessoa com talassemia desenvolver cardiopatia tem sofrido redução. Contudo, mesmo assim uma grande atenção é requerida com este "amigo do peito".
PREVENÇÃO: Como as complicações cardíacas são ainda a maior causa de morte entre as pessoas com talassemia, o acompanhamento periódico com um cardiologista, a partir da adolescência, é essencial – especialmente se o jovem começa a apresentar sinais e sintomas que podem indicar problemas cardíacos, tais como: sensação de tremores, dispneia (dificuldade respiratória), desfalecimento, dor abdominal (particularmente localizada na região logo acima do estômago ou hipocôndrio), cansaço aos menores esforços, edema.
Hormônios
Um dos problemas mais comuns das pessoas com talassemia é que apresentam uma estrutura óssea frágil e delgada, a qual favorece o surgimento precoce da osteoporose. Por trás disto, estão a própria anemia, e a medula óssea hiperativa; mas também o excesso de Ferro no organismo, bem como os problemas endocrinológicos – atraso na puberdade e desenvolvimento sexual, por exemplo – interferem na absorção de Cálcio pelos ossos e, consequentemente, na densidade óssea.
A sobrecarga de ferro no organismo da pessoa com talassemia usualmente tem como alvo certos órgãos produtores de hormônios – o que pode levar, caso a quelação e monitoração destes não seja feita apropriadamente em cada estágio da vida, a um desequilíbrio hormonal capaz de afetar o crescimento, atrasar o início da puberdade, e mesmo causar doenças.
Quando o alvo da terapêutica é...
Hipófise ou Glândula Pituitária
Quando o alvo da terapêutica é...
Hipófise ou Glândula Pituitária
Localizada na base do cérebro, é responsável pela produção de diversos hormônios, entre os quais o GH (Hormônio do Crescimento) e as Gonadotrofinas (homônimos sexuais masculinos e femininos, que se associam com a "revolução" hormonal que marca a chegada da puberdade).
Consequências: Crescimento inferior e atraso no desenvolvimento sexual (hipogonadismo), tal como o baixo desenvolvimento de mamas e testículos.
Tireóide
Consequências: Crescimento inferior e atraso no desenvolvimento sexual (hipogonadismo), tal como o baixo desenvolvimento de mamas e testículos.
Tireóide
Esta glândula se localiza no pescoço, e tem a função de manutenção do ritmo do metabolismo. Dependendo de como é afetada, pode acelerar ou decrescer a "velocidade" das funções orgânicas, resultando respectivamente no Hipertiroidismo (ocorrem taquicardia ou aceleração do coração, alguns casos de diarréia, perda de peso) ou Hipotiroidismo (sonolência, frio, lentidão mental e física, ganho de peso). O acometimento causado pela Talassemia é o hipotireoidismo.
Consequências: Sonolência, frio, lentidão mental e física, ganho de peso.
Pâncreas
Consequências: Sonolência, frio, lentidão mental e física, ganho de peso.
Pâncreas
As células beta do pâncreas são responsáveis pela produção do hormônio Insulina, o qual controla os níveis de glicose (açúcar) no sangue. Caso, por alguma razão, estas células não puderem trabalhar adequadamente, o organismo sente falta desta insulina para induzir o metabolismo da Glicose ingerida (inicialmente, ocorre a intolerância à Glicose). À medida em que o processo progride, a Glicose não poderá penetrar nas células, e começará a se acumular no sangue (Agora, já se trata de Diabetes completamente desenvolvido).
Consequências: De acordo com dados da Fundação Internacional de Talassemia (TIF), aproximadamente a metade das pessoas com talassemia sofrem de intolerância à Glicose, e cerca de 10 a 30% desenvolvem Diabetes Mellitus Tipo 2 em algum momento de suas vidas.
Consequências: De acordo com dados da Fundação Internacional de Talassemia (TIF), aproximadamente a metade das pessoas com talassemia sofrem de intolerância à Glicose, e cerca de 10 a 30% desenvolvem Diabetes Mellitus Tipo 2 em algum momento de suas vidas.
Prevenção: A partir dos 10 anos de vida, uma consulta prévia ao endocrinologista e um check-up, com realização de alguns exames de sangue específicos, podem ser identificados a tempo os problemas mencionados acima.
Ossos
Um dos problemas mais comuns das pessoas com talassemia é que apresentam uma estrutura óssea frágil e delgada, a qual favorece o surgimento precoce da osteoporose. Por trás disto, estão a própria anemia, e a medula óssea hiperativa; mas também o excesso de Ferro no organismo, bem como os problemas endocrinológicos – atraso na puberdade e desenvolvimento sexual, por exemplo – interferem na absorção de Cálcio pelos ossos e, consequentemente, na densidade óssea.
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